terça-feira, outubro 19, 2010

Observação em Grupos


Como VIVER bem com os outros?
Como entender os outros e se fazer entender?
Será que sou bem aceito no grupo?
Por que os outros interpretam erroneamente meus atos e palavras e complicam tudo?


Quem já pensou assim, alguma vez, em algum momento ou situação?


Isso tudo consiste na pertença a grupos, em fazer parte dele. Mas e o observador, como deve agir? O que deve observar? É o que veremos a seguir...

Os observadores têm dupla função, a de observar o funcionamento dos grupos e refletir sobre a própria observação, seus sentimentos, e sua capacidade de continência.

O primeiro movimento é a transferência que os pacientes fazem para os observadores e/ou para a observação; e o segundo, são as transferências de algumas idéias e expectativas quanto ao aprendizado, que os observadores fazem sobre sua função. Os observadores, pela postura não ativa e silenciosa, podem representar aqueles que estão fora da relação terapêutica, o que leva a sensação de estarem expostos; como também pode representar um aliado, alguém que possa receber suas transferências e projeções.
Sabemos o quanto os observadores estão sujeitos a serem os depositários de angústias. Fazem parte da dinâmica do grupo, e com muita frequência os integrantes os incluem de forma direta. Mas, pela função que têm no grupo, diferentemente do terapeuta, não podem intervir, e precisam lidar com suas angústias sem verificar se suas hipóteses fazem sentido.

Participação: A participação verbal representa o envolvimento num grupo. A participação dos membros pode ser observada da seguinte maneira:
· Quem mais participa?
· Quem menos participa?
· Alguma mudança de participação, ou seja, quem muito participa, de repente fica calado, e quem menos participa, de repente fica falante?
· Como são tratadas as pessoas mais silenciosas? Como é interpretado o seu silêncio? Consentem? Discordam? Desinteressam? Têm medo?
· Quem fala e com quem? Observa algumas razões para estas interações?

Influência: Influência não significa a mesma coisa que participação. Há pessoas que falam pouco, mas captam tudo no grupo. Outros falam demais e geralmente não escutam os outros falarem.
· Quem mais influencia no grupo? Isto é, quando fala os outros escutam?
· Quem é ignorado?
· Observa você alguma rivalidade no grupo? Há alguma briga para a liderança?

Estilos de Influência: A influência pode ter várias formas. Encontramos a influência positiva ou negativa; a de apoio ou de cooperação. Eis quatro estilos que com frequência emergem nos grupos:
1)  Autocrático: será que alguém tenta impor a sua vontade? Quem avalia ou julga os outros membros do grupo?
2) Pacificador: quem apóia ativamente as decisões dos outros membros do grupo? Será que alguém insistentemente procura evitar conflitos ou sentimentos desagradáveis? Será que alguém sistematicamente evita dar feedback negativo para os outros membros do grupo?
3) “Laissez-faire” (deixa passar): Há pessoas que chamam a atenção do grupo pela pouca participação? Quem parece não participar, não parece ter iniciativas, ou somente participa quando interrogado?
4) Democrático: Há alguém que procura a participação de todo o grupo nas decisões ou nas discussões? Quem parece estar aberto a críticas ou a feedback por parte dos outros? Quem procura resolver o problema quando as tensões sobem?

Como se processam as decisões: Muitas decisões são feitas num grupo sem tomar em consideração os efeitos sobre os demais membros do grupo. Há quem procura impor a sua própria decisão sobre o grupo, enquanto outros gostam que todos participem e compartilhem no processo da tomada de decisão.
· Será que alguém decide sem procurar a participação dos demais membros do grupo?
· Como são rejeitadas as idéias? Como reagem as pessoas, quando as suas idéias são rejeitadas? Há pessoas que procuram apoiar as idéias rejeitadas?
· Quem apóia as sugestões ou as decisões dos demais membros do grupo?
· Há busca de consenso no grupo?

Inclusão: Uma das grandes preocupações dos membros de um grupo é o grau de aceitação ou inclusão no grupo. Existem diversas maneiras de interação que podem ser desenvolvidas num grupo para mostrar o grau de relacionamento social dos participantes.
· Existem subgrupos? Há pessoas que constantemente concordam com as demais pessoas do grupo, ou discordam?
· Existem pessoas que parecem não integradas no grupo?

Sentimentos: Durante a discussão de grupo, geram-se frequentemente interações entre os membros do grupo. Poucas vezes falam daquilo que sentem. Os observadores baseiam-se muitas vezes no tom de voz, expressões faciais, gestos, e outras comunicações não verbais.
· Que espécie de sentimentos você observa nos membros do grupo: raiva, irritação, frustração, afeto, alívio, aborrecimento, defesa...?

Normas: Há normas que podem desenvolver num grupo o controle do comportamento de seus membros. As normas geralmente expressam os desejos da maioria, como aquilo que deveriam ou não deveriam fazer num grupo. Essas normas podem ser claras (explícitas) ou conhecidas por poucos, ou funcionam totalmente inconscientes por parte dos membros do grupo.
· Há assuntos que são evitados no grupo (sexo, religião, política)?
· São os membros do grupo corteses uns para com os outros? Expressam só sentimentos positivos? Concordam facilmente entre si? Que acontece quando discordam?


Pertencer a um grupo é muito importante e gratificante para todos nós, para nos sentirmos inseridos no meio social...

Outra coisa é sabermos escolhermos o grupo em que faremos parte...
Por isso SEJA FELIZ!


domingo, outubro 17, 2010

Seja Bem-Vindo



Olá pessoal! Seja bem-vindo ao meu blog "Psicologia é Vida"!

Este espaço será usado para comentarmos assuntos que envolvam a Psicologia...

Espero que gostem!

Um abraço a todos!

Vivian Tassoni